Adaptado por Zootecnista Henrique Costa Filho, MSc
Consultor Técnico Sustennutri
Fonte: Projeções do Agronegócio Brasil 2022/23 a 2032/33 – Ministério da Agricultura e Pecuária – 2023
LEITE – PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO BRASIL 2022/23 A 2032/33
Através deste trabalho são atualizadas as Projeções do Agronegócio para o período 2022/23 a 2032/33. O trabalho procura indicar direções do desenvolvimento e fornecer subsídios aos formuladores de políticas públicas quanto às tendências dos principais produtos. Os resultados buscam, também, atender a um grande número de usuários dos diversos setores da economia nacional e internacional para os quais as informações ora divulgadas são de enorme importância. As tendências indicadas permitirão identificar trajetórias possíveis, bem como estruturar visões de futuro do agronegócio no contexto mundial para que o país continue crescendo e conquistando novos mercados.
A produção de leite deverá crescer nos próximos 10 anos a uma taxa entre 1,7 e 2,7%. Essas taxas correspondem a passar de uma produção de 34,1 bilhões de litros em 2023 para 40,5 bilhões no final do período das projeções. O crescimento de oferta será principalmente baseado em melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais e menos no número de vacas em lactação.
Segundo técnicos da Embrapa os números de longo prazo estão coerentes. O leite está passando por grandes mudanças e um processo acelerado de tecnificação e consolidação. As fazendas maiores seguem crescendo, enquanto as médias e pequenas estão com maior dificuldade de expansão e muitos têm deixado a atividade. O forte aumento de custos após o início da pandemia da Covid-19 acabou agravando a situação e vem exigindo melhores práticas de gestão, investimentos em automação e muita eficiência produtiva. Neste sentido, acredita-se que o crescimento médio fique abaixo dos 2% ao ano.
Movimento de longo prazo: concentração setorial e ganhos de eficiência serão os principais drivers. Isso não implica que todos os produtores menores irão sair. Os excluídos serão aqueles que não se adaptarem a nova realidade de adoção tecnológica, melhorias na gestão e maior eficiência técnica e econômica. Irão permanecer os produtores eficientes. Mas como existe uma diferenciação de preço por volume, haverá sim, uma pressão por aumento de escala.